Envelhecer é uma conquista do século XX para a população, no passado, poucos esperavam se ver com muita idade e devido a pouca expectativa de vida, os sonhos também eram podados e interrompidos pela morte. As pesquisas mostram que o envelhecimento no Brasil apresentam números surpreendentes.
Definimos com idosos as pessoas que ultrapassaram os 60 anos de idade. Em 1960 tínhamos 3 milhões dessa população, em 1975 passou-se a contar 7 milhões, em 2002 fomos para 14 milhões de idosos, que significa um aumento de 500% em apenas 40 anos, espera-se chegar a 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos em 2020.
Diante desses números é muito importante pensarmos que é necessária uma estrutura política, social e familiar, afinal, muitos idosos enfrentam a necessidade de cuidados e por isso é tão importante o planejamento. Nessa matéria focaremos em como a família pode se organizar para oferecer um acolhimento saudável para os seus parentes que estão chegando a velhice.
Independente se a pessoa da sua família que passou dos 60 anos está ou não doente, é importante que haja uma preocupação de aproximação para monitorá-lo.
Algumas atitudes práticas podem facilitar esse cuidado:
Ficar atento aos comportamentos, como esquecimento e confusão mental, do dia a dia pode ser a chave para perceber quando esse idoso pode precisar de alguma ajuda ou até mesmo uma companhia permanente em casa.
Se estamos falando de alguém que sempre foi muito independente e que precisou se mudar pra casa de um dos filhos, por exemplo, por não poder mais cuidar de si sozinho, é provável que esse idoso se sinta um pouco desconfortável no início ou após algum tempo, quando a privacidade mais limitada começa a incomodar. O diálogo é sempre uma ótima solução nesses momentos, falar e ser ouvido pode facilitar todo esse processo.
Em relação a estrutura física da casa, se for possível, crie um ambiente individual para esse novo morador, pesquise as normas de adaptação para o idoso. Evitar que a vovó ou vovô passem a dormir no quarto das crianças é o ideal, pois ambos estão vivendo fases opostas da vida e em algum momento isso pode ser muito prejudicial.
Um quarto próximo ao banheiro (ou uma suíte), que tenha uma cama, uma TV e uma cadeira confortável é suficiente para o primeiro momento.
Muitas famílias por preconceito ou falta de conhecimento pensam que casa de repouso é uma forma de abandono, que é uma judiação submeter seu pai, mãe, avó ou avô a sair da sua casa e ser cuidado por desconhecidos.
É preciso analisar cada caso. Se a rotina da sua família é muito agitada, se não há ninguém que tenha um horário mais flexível ou que se dedique exclusivamente para cuidar desse parente, ter uma casa de repouso como parceira é uma ótima opção, pois sua estrutura está pronta para oferecer tudo que envolve o cuidado e bem estar de um idoso. Há possibilidade dessa assistência ser parcial ou integral, para saber sobre isso, é necessário analisar cada caso individualmente.
Terceirizar o cuidado de um familiar também não é abandono como comentamos no tópico acima. Muitas doenças mostram a necessidade de um cuidado mais paramentado e nesse caso um enfermeiro ou cuidador de idosos se faz necessário.
Uma boa maneira para se organizar caso essa seja sua realidade é:
Todos esses tópicos nos mostram que o envelhecimento no Brasil se torna um processo mais fácil se é vivido com planejamento e organização. Muitas famílias encontram grandes dificuldades para enfrentar esse momento e nem sempre o motivo é financeiro e exclusivamente a doença a ser tratada. O cuidado ao idoso passa a ser um ponto importante quando isso nunca foi pensado anteriormente.
Por experiência profissional e dedicação afetiva a muitos idoso, espero que esse blog seja um local de troca, informações e até mesmo descanso para quem está vivendo esse momento da vida.
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